Machado de Assis



AUTOR : Machado de Assis
FRAGMENTO :  O projeto de edição das obras de Machado de Assis em formato digital foi pensado, primeiramente, como parte das atividades que marcam o centenário da morte do autor, além de responder à necessidade de ampliar o acesso a sua obra, aos estudantes dos diferentes níveis e ao público leitor em geral.

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23 livros de Sartre




AUTOR : Jean Paul Sartre   

FRAGMENTO : "... o existencialismo, na realidade, é a doutrina menos escandalosa e a mais austera; ela destina-se exclusivamente aos técnicos e aos filósofos. Todavia, pode ser facilmente definida. O que torna as coisas complicadas é a existência de dois tipos de existencialistas: por um lado, os critãos - entre os quais colocarei Jaspers e Gabriel Marcel, de confissão católica - e, por outro, os ateus - entre os quais há que situar Heidegger, assim como os existencialistas franceses e eu mesmo. O que eles têm em comum é simplesmente o fato de todos considerarem que a existência precede a essência, ou se preferir, que é necessário partir da subjetividade."

Fonte: O Existencialismo é humanismo

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O Banquete







AUTOR : Platão

FRAGMENTO :  Em primeiro lugar, três  eram os gêneros da humanidade, não dois como agora, o masculino e o feminino, mas também havia a mais um terceiro, comum a estes dois, do qual resta agora um nome, desaparecida a coisa; andrógino era então um gênero distinto, tanto na forma como no nome comum aos dois, ao masculino e ao feminino, enquanto agora nada mais é que um nome posto em desonra.


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KANT EM 90 MINUTOS







AUTOR : Strathern Paul  

FRAGMENTO :  Kant pode ser sido indiferente em relação à sua própria família, mas parece ter desfrutado a vida no meio das famílias ricas que o contratavam como professor. Sua  aparência era bastante excêntrica, como seu próprio  caráter. Tinha menos de um metro e meio e sua cabeça era  desproporcional em relação ao resto do corpo. Sua estrutura lembrava a rosca de um saca-rolhas e fazia com que o ombro esquerdo se inclinasse para a frente, o direito se curvasse para trás e a cabeça tendesse a pender para um  lado. Vestido com roupas puídas e praticamente sem nenhum pfenning no bolso, não seria exatamente o  sucesso do campus na Universidade de Königsberg (que,  por seu turno, dificilmente poderia ser considerada centro  de qualquer sociedade cosmopolita). Nesse momento, no  entanto, vestido por seus empregadores cm trajes  elegantes e encorajado a juntar-se aos convidados da   família, Kant positivamente floresceu. Logo desenvolveu  uma aguda perspicácia, adquiriu um verniz de sofisticada  segurança e tornou-se exímio jogador de cartas e de  bilhar. Quando a família partia para as férias de verão no  campo, Kant os acompanhava, afastando-se quase oitenta quilômetros de Königsberg. (Isso foi o mais longe de sua cidade natal a que ele jamais chegaria em toda a sua vida.) Mas esse período de elegância  relativa foi apenas uma fase.


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O Universo Elegante

Autor : Brian Gerene

 FRAGMENTO : "Tudo vai muito bem até fazermos, como fez Einstein aos dezesseis anos, a pergunta: que acontece se sairmos perseguindo um raio de luz à velocidade da luz? O raciocínio intuitivo, que está na base das leis de movimento de Newton, nos diz que ficaremos emparelhados com as ondas de luz e que elas, portanto, nos parecerão estacionárias; a luz fica parada. Mas de acordo com a teoria de Maxwell e com todas as observações confiáveis, luz estacionária é algo que simplesmente não existe: ninguém jamais pôde colher um punhado de luz estacionária na palma da mão. Ai está o problema. Felizmente Einstein não sabia de muitos dos princípios físicos do mundo estavam a braços com essa questão (e andando por vários caminhos espúrios) e pôde refletir sobre o paradoxo de Maxwell e Newton na pura privacidade dos seus próprios pensamentos.

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Mundo em descontrole



AUTOR : Anthony Giddens
FRAGMENTO : "Entre todas as mudanças que estão se dando no mundo, nenhuma é mais importante do que aquelas que acontecem em nossas vidas pessoais - na sexualidade, nos relacionamentos, no casamento e na família. Há uma revolução global em curso no modo como pensamos sobre nós mesmos e no modo como formamos laços e ligações com outros. É uma revolução que avança de maneira desigual em diferentes regiões e culturas, encontrando muitas resistências. Como ocorre com outros aspectos do mundo em descontrole, não sabemos ao certo qual virá a ser a relação entre vantagens e problemas. Sob certos aspectos esas são as transformações mais difíceis e perturbadoras de todas. A maioria de n´so consegue se desligar de problemas maiores durante grande parte do tempo - uma das razões por que é difícil trabalhar juntos para resolvê-los. Não somos capazes, contudo, de escapar do torvelinho de mudanças que atinge diretamente o cerne de nossas vidas emocionais. "

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Compêndio o Capital


AUTOR : Carlo Cafiero
FRAGMENTO : "A força de trabalho, produzindo um valor maior do que ela vale, isto é, uma mais-valia, gerou o capital, aumentando ainda esta mais-valia através do prolongamento da jornada de trabalho, conseguiu o capital o alimento suficiente para a sua primeira idade.
O capital vai crescendo e a mais-valia, como vimos até agora, não quer dizer outra coisa que prolongamento da jornada de trabalho. É claro que essa jornada tem o seu limite natural, por mais elástica que seja essa duração. Por mais reduzido o tempo que o capitalista deixa ao trabalhador para que ele satisfaça as suas prementes necessidades, a jornada de trabalho será sempre menos que 24 horas. "

O porco filosofo


AUTOR : Julian Baggini
FRAGMENTO : "E o Senhor disse para o filósofo:
– Eu sou o Senhor teu Deus, e sou a fonte de todo o bem. Por que a filosofia moral secular me ignora?
E o filósofo disse para o Senhor:
– Para responder preciso, primeiro, Lhe fazer algumas perguntas. O Senhor nos manda fazer o que é bom. Mas é bom porque o Senhor ordena, ou o Senhor ordena porque é bom?
– Er.. — disse o Senhor. — É bom porque eu ordeno.
– Resposta errada, sem dúvida, ó Todo-poderoso! Se o bem é bem apenas porque o Senhor diz que é, então o Senhor poderia, se desejasse, fazer com que torturar crianças fosse bom. Mas isso seria absurdo, não seria?
– Claro! — respondeu o Senhor. — Eu o testei, e você me agradou. Qual era mesmo a outra opção?
– O Senhor escolheu o que é bom porque é bom. Mas isso mostra com bastante clareza que a bondade não depende do Senhor em nada. Então não precisamos estudar Deus para estudar o bem.
– Mesmo assim — disse o Senhor —, você tem de admitir que escrevi alguns bons livros sobre o assunto...

As Moscas

AUTOR : Jean Paul Sartre
FRAGMENTO : " Escuta: supõe que chamo sobre mim todos os crimes dessa gente que está agora a tremer encafuada em salas escuras, rodeada pelos seus queridos defuntos. Supõe que queira ser apodado de «ladrão de remorsos» e que chame a mim todos os seus arrependimentos: tanto o da mulher que enganou o marido, como o do mercador que deixou morrer a mãe, como ainda o do usurário que sugou os devedores até à morte.
Agora diz-me, nesse dia, quando trouxer em mim mais remorsos do que moscas há em Argos, quando estiverem comigo todos os remorsos da cidade, terei ou não adquirido foros de cidadão perante vós? Estarei ou não no meu ambiente no meio das vossas muralhas cobertas de sangue, tal como o magarefe de avental avermelhado o está na sua loja entre os bois ensanguentados que acabou de esfolar? "

Guia dos Curiosos

AUTOR : Marcelo Duarte
FRAGMENTO :
Por que o judaísmo não acredita que Jesus Cristo tenha sido o Messias?
Segundo o rabino Busquila, da Congregação Israelita Paulista, os judeus consideram Jesus uma pessoa comum, tão humana quanto qualquer outra. “Ele foi uma pessoa boa, inteligente, um líder carismático e também foi judeu”, explica o rabino. De acordo com ele, o judaísmo não aceita a idéia de que um homem viraria Deus ou vice-versa. “Foram os apóstolos que desenvolveram a teoria do Cristianismo, já após o falecimento de Jesus, que nunca afirmou ser filho de Deus”, afirma Busquila. Segundo ele, os judeus não acreditam que houve ou haverá um Messias, mas sim uma era messiânica, na qual toda a humanidade aceitará e lutará pela paz.

Por que Santo Antônio é conhecido como santo casamenteiro?
O que se conta é que ele era conhecido como protetor das causas perdidas. Por isso, as mulheres que achavam que estavam encalhadas passaram a rezar para ele. Existe até uma novena para Santo Antônio.

Por que São Jorge não é santo?
São Jorge de Capadócia é venerado em todo o mundo como protetor das donzelas e dos oprimidos. Também é patrono de dois países: Inglaterra e Portugal. Apesar disso, ele não faz parte do martiriológio (lista de todos os santos) da Igreja Católica porque faltam provas contundentes de que tenha realmente existido.

O mal estar da civilição

AUTOR : Sigmund Freud
FRAGMENTO : "É impossível fugir à impressão de que as pessoas comumente empregam falsos padrões de avaliação – isto é, de que buscam poder, sucesso e riqueza para elas mesmas e os admiram nos outros, subestimando tudo aquilo que verdadeiramente tem valor na vida. No entanto, ao formular qualquer juízo geral desse tipo, corremos o risco de esquecer quão variados são o mundo humano e sua vida mental.

Existem certos homens que não contam com a admiração de seus contemporâneos, embora a grandeza deles repouse em atributos e realizações completamente estranhos aos objetivos e aos ideais da multidão. Facilmente, poder-se-ia ficar inclinado a supor que, no final das contas, apenas uma minoria aprecia esses grandes homens, ao passo que a maioria pouco se importa com eles. Contudo, devido não só às discrepâncias existentes entre os pensamentos das pessoas e as suas ações, como também à diversidade de seus impulsos plenos de desejo, as coisas provavelmente não são tão simples assim."

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Quem mexeu no meu salame?





AUTOR : Os irmãos bacalhau
FRAGMENTO : " Mostre que você é muito mais do que um rostinho bonito (principalmente se você for feito pra caramba)


Tinha uma amiga que queria de todo jeito processar uma empresa que colocou um anúncio procurando moças com boa aparência. Só desistiu depois que falaram para ela que a empresa era uma agência de modelos.

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Auto-Engano


AUTOR : Eduardo Giannetti
FRAGMENTO : "Não importa o que seja: pergunte a si mesmo se você conhece algo e você terá sérias razões para começar a duvidar. Antes de tudo, cabe indagar: "o que é conhecer" Depende, é claro, do nosso grau de exigência. Se você passar, por exemplo, uma tarde visitando uma cidade histórica, poderá voltar para casa e dizer que a conhece. Se você passar vários meses nessa mesma cidade, perceberá que as mudanças do clima, as alterações do seu próprio ânimo e as pequenas surpresas de cada dia têm o dom de revelar ângulos e facetas até então desconhecidos. Mas, se você passar alguns anos na tal cidade, estudando o seu passado, pesquisando a evolução de seus prédios e de seu traçado, e buscando entender o significado histórico do que se passou nela, você ficará assombrado com a vastidão do que falta saber. Com o avanço do conhecimento, alarga-se o desconhecido. "Como o saber cresce a dúvida."

Qual a tua Obra?


AUTOR : Mario Sergio Cortella

FRAGMENTO : "Uma das coisas mais inteligentes que um homem e uma mulher podem saber é saber que não sabem. Alias, só é possível caminhar em direção à excelência se você souber quenão sabe algumas coisas. Porque há pessoas que, em vez de ter humildade para saber que não sabem,
fingem que sabem. Pior do que não saber é fingir que sabe. Quando você finge que sabe, impede um planejamento adequado, impede uma ação coletiva eficaz. Por isso, a expressão "não sei" é um sinal de absoluta inteligência."

Em algum lugar do passado


AUTOR : Richad Matheson

FRAGMENTO : Caminho de volta. Mais além, um edifício moderno e alto; deve ser um condomínio ou coisa assim. Tem uma aparência estranha, que contrasta com este hotel. Olho para uma antiga torre de tijolos, do outro lado do caminho. Deve ter sido a casa de barcos do hotel, há muito tempo; hoje, é um restaurante. Vejo o que parece uma via férrea fora de uso, Imagino que, outrora, os trens chegavam perto da praia, trazendo hóspedes. Estou sentado onde era a antiga sala de banhos; agora, é a Sala do Cassino. Está fechada; tudo silencioso, O balcão deve medir quinze metros de comprimento, com um formato e um acabamento bonitos. Numa das extremidades, vejo algo semelhante a um relicário, tendo em seu interior a figura do que parece um mouro, carregando uma luminária. Quantos sapatos terão desgastado aquela barra de latão? Ainda há pouco, estive observando as fotografias de artistas de cinema que estiveram aqui. June Haver. Robert Stack. Kirk Douglas. Eva Marie Saint. Ronald Reagan. Donna Reed. Um retorno às beldades da companhia de Pola Negri, retorno a Mary Pickford, retorno a Marie Callahan, das Ziegfeld Follies. Como este lugar recua no tempo!

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O Nome da Rosa


AUTOR : Humberto Eco
FRAGMENTO : "Chegado ao fim da minha vida de pecador, enquanto velho encanecido como o mundo, à espera de me perder no abismo sem fundo da divindade silenciosa e deserta, participando da luz incomunicável das inteligências angélicas, retido agora pelo meu corpo pesado e doente nesta cela do querido mosteiro de Melk, disponho me a deixar neste velo testemunho dos admiráveis e terríveis eventos a que na juventude me foi dado assistir, repetindo verbatim quanto vi e ouvi, sem ousar tirar daí nenhum designio, como para deixar àqueles que hão de vir (se o Anticristo não os preceder) sinais de sinais para que sobre eles se exercise a prece da decifração."

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A modernidade e os modernos

AUTOR : Walter Benjamin
FRAGMENTO : "A imagem do artista de Baudelaire aproxima-se da imagem do herói. Eles se eqüivalem mutuamente desde o início. A força de vontade, assim se lê no Salon de 1845, deve ser um dom realmente precioso e aparentemente nunca se utiliza em vão, pois é suficiente para emprestar algo de inconfundível “... mesmo a obras de segunda categoria... O espectador aprecia o esforço; ele bebe o suor". Nos Conseils aux jeunes littérateuts do ano seguinte encontra-se a bela fórmula em que aparece a "contemplation opi-niâtre de l'oeuvre de demain" como a garantia da inspiração. Baudelaire conhece a "indolence naturelle des inspires". Musset nunca teria compreendido quanto trabalho é necessário "para criar uma obra de arte de uma fantasia". Baudelaire, pelo contrário, apresentava-se desde o início perante o público com um código próprio, com regras e tabus próprios. Barrés pretende "reconhecer no mais insignificante vocábulo de Baudelaire o vestígio dos esforços que lhe deram a grandeza". "Baudelaire conserva algo de sadio até em suas crises nervosas, escreve Gourmont". A apreciação mais feliz é do simbolista Gustave Kahn quando diz que "o trabalho poético se parecia em Baudelaire com um esforço físico". Encontra-se na obra deste uma prova desta afirmação — em uma metáfora que merece ser analisada mais de perto.

A metaformose


AUTOR : Franz Kafka
FRAGMENTO : "Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregório Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto. Estava deitado sobre o dorso, tão duro que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a posição e estava a ponto de escorregar. Comparadas com o resto do corpo, as inúmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos. Que me aconteceu ? — pensou. Não era nenhum sonho. O quarto, um vulgar quarto humano, apenas bastante acanhado, ali estava, como de costume, entre as quatro paredes que lhe eram familiares. Por cima da mesa, onde estava deitado, desembrulhada e em completa desordem, uma série de amostras de roupas: Samsa era caixeiro-viajante, estava pendurada a fotografia que recentemente recortara de uma revista ilustrada e colocara numa bonita moldura dourada. Mostrava uma senhora, de chapéu e estola de peles, rigidamente sentada, a estender ao espectador um enorme regalo de peles, onde o antebraço sumia! Gregório desviou então a vista para a janela e deu com o céu nublado — ouviam-se os pingos de chuva a baterem na calha da janela e isso o fez sentir-se bastante melancólico. Não seria melhor dormir um pouco e esquecer todo este delírio? — cogitou. Mas era impossível, estava habituado a dormir para o lado direito e, na presente situação, não podia virar-se. Por mais que se esforçasse por inclinar o corpo para a direita, tornava sempre a rebolar, ficando de costas."

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Sobrevivente


AUTOR : Chuck Palahniuk
FRAGMENTO : "Eu simplesmente não queria ser tratado. Qualquer que fosse o meu problema, eu não queria que ele fosse curado. Nenhum dos pequenos segredos dentro de mim queria ser encontrado e explicado. Pelos mitos. Pela minha infância. Pela química. Meu medo era: o que restaria? Então nenhum dos meus ressentimentos e temores verdadeiros veio à luz. Eu não queria solucionar nenhuma angústia. Jamais quis falar da minha família morta. Expressar a minha dor."

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O mito de Sisifo


AUTOR : Albert Camus
FRAGMENTO : "Só existe um problema filosófico realmente sério: é o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, aparece em seguida. São jogos. É preciso, antes de tudo, responder. E se é verdade, como pretende Nietzsche, que um filósofo, para ser confiável, deve pregar com o exemplo, percebe-se a importância dessa resposta, já que ela vai preceder o gesto definitivo. Estão aí as evidências que são sensíveis para o coração, mas é preciso aprofundar para torná-las claras à inteligência."

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Investigações Filosoficas


AUTOR : Ludwig Wittgenstein
FRAGMENTO : "Quanto mais exatamente consideramos a linguagem de fato, tanto maior torna-se o conflito entre ela e nossas exigências. (A pureza cristalina da lógica não se entregou a mim, mas foi uma exigência.) O conflito torna-se insuportável; a exigência ameaça torna-se algo vazio. - Caímos numa superfície escorregadia onde falta o atrito, onde as condições são, em certo sentido, idéias, mas onde por esta mesma razão não podemos mais caminhar; necessitamos entrão o atrito. Retornemos ao solo áspero!"

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Morangos mofados


AUTOR : Caio Fernando Abreu
FRAGMENTO : "Os homens são tão necessariamente loucos que não ser louco seria uma outra forma de loucura. Necessariamente porque o dualismo existencial torna sua situação impossível, um dilema torturante. Louco porque tudo o que o homem faz em seu mundo simbólico é procurar negar e superar sua sorte grotesca. Literalmente entrega-se a um esquecimento cego através de jogos sociais, truques psicológicos, preocupações pessoais tão distantes da realidade de sua condição que são formas de loucura - loucura assumida, loucura compartilhada, loucura disfarçada e dignificada, mas de qualquer maneira loucura.

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A Nausea


AUTOR : Jean Paul Sartre
FRAGMENTO : "Estou sozinho no meio desta? vozes alegres e razoáveis. Todos estes fulanos passam o seu tempo a explicar-se uns aos outros, a reconhecer com contentamento que são da mesma opinião. Que importância que ligam, meu Deus, ao facto de pensarem todos juntos as mesmas coisas. Basta ver a cara que fazem quando passa pelo meio deles um desses homens com olhos de paigo, que parece que andam a olhar para dentro, e com quem, de forma nenhuma, se pode chegar a acordo."

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O segundo sexo

AUTOR : Simone de Beauvoir
FRAGMENTO : "A categoria do Outro é tão original quanto a própria consciência. Nas mais primitivas sociedades, nas mais antigas mitologias,encontra-se sempre uma dualidade que é a do Mesmo e a do Outro. A divisão não foi estabelecida inicialmente sob o signo da divisão dos sexos, não depende de nenhum dado empírico: é o que se conclui, entre outros, dos trabalhos de Granet sobre o pensamento chinês de Dumézil sobre as índias e Roma. Nos pares Varuna-Mitra, Urano-Zeus, Sol-Lua, Dia-Noite, nenhum elemento feminino se acha implicado a princípio; nem tampouco na oposição do Bem ao Mal, dos princípios fastos e nefastos, da direita e da esquerda, de Deus e Lúcifer; a alteridade é uma categoria fundamental do pensamento humano. Nenhuma coletividade se define nunca como Uma sem colocar imediatamente a Outra diante de si. Basta três viajantes reunidos por acaso num mesmo compartimento para que todos os demais viajantes se tornem "os outros" vagamente hostis. Para os habitantes de uma aldeia, todas as pessoas que não pertencem ao mesmo lugarejo são "outros"' e suspeitos; para os habitantes de um país..."

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O mundo assombrado pelos demonios


AUTOR : Carl Sagan
FRAGMENTO : "inumeráveis as histórias de dragões no decorrer dos séculos, mas não há evidências reais. Que oportunidade!
- Mostre-me - você diz. Eu o levo até a minha garagem. Você olhapara dentro e vê uma escada de mão, latas de tinta vazias, um velho triciclo, mas nada de dragão.
- Onde está o dragão? - você pergunta.
- Oh, está ali - respondo, acenando vagamente. - Esqueci de lhe dizer que é um dragão invisível. Você propõe espalhar farinha no chão da garagem para tornar visíveis as pegadas do dragão.
- Boa idéia - digo eu -, mas esse dragão flutua no ar. Então você quer usar um sensor infravermelho para detectar o fogo invisível.
- Boa idéia, mas o fogo invisível é também desprovido de calor.
Você quer borrifar o dragão com tinta para torná-lo visível.
- Boa idéia, só que é um dragão incorpóreo e a tinta não vai aderir. E assim por diante. Eu me oponho a todo teste físico que você propõe com uma explicação especial de por que não vai funcionar. Ora, qual é a diferença entre um dragão invisível, incorpóreo, flutuante, que cospe fogo atérmico, e um dragão inexistente? Se não há como refutar a minha afirmação, se nenhum experimento concebível vale contra ela, o que significa dizer que o meu dragão existe? A sua incapacidade de invalidar a minha hipótese não é absolutamente a mesma coisa que provar a veracidade dela. Alegações que não podem ser testadas, afirmações imunes a refutações não possuem caráter verídico, seja qual for o valor que possam ter por nos inspirar ou estimular nosso sentimento de admiração. O que estou pedindo a você é tão-somente que, em face da ausência de evidências, acredite na minha palavra.

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O livro do desassossego


AUTOR : Fernando Pessoa
FRAGMENTO : "E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre; fixo os mínimos gestos faciais de com quem falo, recolho as entoações milimétricas dos seus dizeres expressos; mas ao ouvi-lo, não o escuto, estou pensando noutra coisa, e o que menos colhi da conversa foi a noção do que nela se disse, da minha parte ou da parte de com quem falei. Assim, muitas vezes, repito a alguém o que já lhe repeti, pergunto lhe de novo aquilo a que ele já me respondeu; mas posso descrever, em quatro palavras fotográficas, o semblante muscular com que ele disse o que me não lembra, ou a inclinação de ouvir com os olhos com que recebeu a narrativa que me não recordava ter-lhe feito. Sou dois, e ambos têm a distância – irmãos siameses que não estão pegados. "

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A interpretação dos sonhos

AUTOR : SIGMUND FREUD
FRAGMENTO : "A Influência dos estímulos somáticos orgânicos sobre a formação dos sonhos é quase universalmente aceita hoje em dia; mas a questão das leis que regem a relação entre eles é respondida das mais diversas maneiras, e muitaxs vezes por afirmações obscuras. Com base na teoria da estimulação somática, a interpretação dos sonhos defronta-se assim com o problema especial de abrituir o conteúdo de um sonho aos estímulos orgânicos que o causaram; e, quando as normas de interpretação formuladas por Scherner (1861) não são aceitas, muitas vezes nos vemos diante do fato desconcertante de que a única coisa que revela a existência do estímulo orgânico é precisamente o conteúdo do próprio sonho."


Eu Robô


AUTOR : ISAAC ASIMOV
FRAGMENTO : "AS TRÊS LEIS DA ROBÓTICA
1 – Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão,permitir que um ser humano sofra algum mal.
2 – Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
3 – Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e a Segunda Leis."

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A Queda


AUTOR : Alberto Camus

FRAGMENTO : "Sobretudo, não acredite em seus amigos, quanto lhe pedirem que seja sincero com eles. Só anseiam que alguém os mantenha no bom conceito que fazem de si próprios, ao lhes fornecer uma certeza suplementar, que extrairão de sua promessa de sinceridade. Como poderia a sinceridade ser uma condição da amizade? O gosto pela verdade a qualquer preço é uma paixão que nada poupa e a que nada resiste. É um vício, às vezes um conforto, ou um egoismo. Portanto, se o senhor se encontrar neste caso, não hesite: prometa ser verdadeiro e minta o melhor que puder. Atenderá ao profundo desejo deles e provará duplamente sua afeição."


Com meus olhos de cão e outras novelas


AUTOR : Hilda Hilst
FRAGMENTO : "Com meus olhos de cão paro diante do mar. Trêmulo e doente. Arcado, magro, farejo um peixe entre madeiras. Espinha. Cauda. Olho o mar mas não lhe sei o nome. Fico parado em pé, torto, e o que sinto também não tem nome. Sinto meu corpo de cão. Não sei o mundo nem o mar a minha frente. Deito-me porque o meu corpo de cão ordena. Há um latido na minha garganta, um urro manso. Tento expulsá-lo mas homem-cão sei que estou morrendo e que jamais serei ouvido. Agora sou espírito. Estou livre e sobrevoo meu ser de miséria, meu abandono, o nada que me coube e que me fiz na Terra. Estou subindo, úmido de névoa. "

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